A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na manhã desta terça-feira (2), o vereador Claudio Duarte (PSL), de Belo Horizonte. O assessor parlamentar dele, Luiz Carlos Cordeiro, também foi detido.
A comparação inevitável é com o caso Fabrício Queiroz, o ex-assessor do então deputado Flavio Bolsonaro suspeito de manipular salários do gabinete parlamentar.
As duas prisões são temporárias, pelo prazo de cinco dias, e foram
decretadas pela juíza Patrícia Santos Firmo. Duarte está sendo investigado pelo
crime de “rachadinha”, quando os funcionários devolvem parte do
salário para o parlamentar.
A Justiça também expediu cinco mandados de busca e apreensão nas casas
de Duarte e de Cordeiro, nos gabinetes do vereador na Câmara Municipal de Belo
Horizonte e no Bairro Céu Azul, além da Associação União dos Moradores pelo
Desenvolvimento do Bairro Céu Azul.
Duarte foi levado para o Departamento
Estadual de Investigação de Fraudes, no bairro Santa Efigênia. Cerca de 10
funcionários do gabinete do vereador devem ser ouvidos pela polícia, que espera
que eles se apresentem de forma voluntária.
O advogado Enio Dias de Jesus disse, ao chegar à delegacia nesta manhã, que
ainda não sabia o teor das denúncias contra Duarte e que considerava a prisão
absurda. O defensor afirmou, ainda, que o vereador “não tem nada pra
esconder” e que os funcionários dele irão à delegacia ainda nesta manhã –
até as 10h50, sete assessores tinham chegado para prestar depoimento.
No domingo (31), Duarte participou de manifestação em comemoração aos 55 anos
do golpe militar de 1964. Na ocasião, ele afirmou que entraria com um projeto
para que o Elevado dona Helena Greco voltasse a se chamar Castelo Branco, em
homenagem ao primeiro presidente militar.
fff