Nem a condição de “superministro” de Paulo Guedes tem sido suficiente para convencer colegas da necessidade de privatizar estatais. As maiores resistências vêm dos ministérios de Ciência e Tecnologia, Agricultura, Minas e Energia e Infraestrutura.
A meta do plano de privatizações é obter neste ano receita de US$ 20 bilhões, mas a catequese para convencer os demais ministros a se desfazerem de suas empresas não está fazendo efeito.
Um dos símbolos da dificuldade é a resistência do ministro Marcos Pontes, da Ciência e Tecnologia, em vender suas estatais, como os Correios.
A EBC, empresa de comunicação que o próprio Jair Bolsonaro defendeu extinguir ou privatizar, agora teve os planos revistos pelo Palácio do Planalto.
A Empresa de Planejamento e Logística (EPL) estava perto da extinção, mas já está repondo vagas e contratando pessoal.
Sobre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com cerca de 4 mil funcionários, auxiliares da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, consideram que a hipótese de privatizar “está afastada”.