O novo cadastro positivo deverá injetar
cerca de R$ 1 trilhão de recursos na economia nos próximos anos. Essa é a
estimativa do secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade
do Ministério da Economia, Carlos da Costa, que acredita que o novo cadastro,
sancionado ontem, deve começar a funcionar dentro de seis meses.
Defendido pelo Banco Central nos últimos anos, o cadastro positivo é visto pelo
governo como uma ferramenta para aumentar a oferta de crédito e reduzir os
juros cobrados de famílias e empresas. A expectativa é de que, com ele, bons
pagadores tenham acesso a linhas mais baratas de financiamento. “O cadastro
pode beneficiar 130 milhões de pessoas, incluindo 22 milhões que estão hoje
fora do mercado de crédito”, disse Costa.
Do total de R$ 1 trilhão de recursos previstos para entrar na economia, R$ 520
bilhões vão para pequenas e médias empresas. De acordo com estimativas do
governo, o novo cadastro poderá ainda reduzir em 45% a inadimplência no País e
gerar R$ 450 bilhões em arrecadação.
No projeto sancionado ontem, a inclusão no cadastro será automática, sendo que
o consumidor que quiser sair terá de solicitar a exclusão. Pela lei de 2011, os
consumidores que solicitavam a inclusão o que acabou tornando o cadastro
irrelevante, por conta da baixa adesão.
A pontuação no cadastro será referente ao histórico de crédito, levará em conta
a adimplência em operações de crédito e no pagamento de contas de água, esgoto,
luz, gás e telefone, entre outras. Isso permitirá a entrada de pessoas com
renda mais baixa, que nem sempre possuem histórico de operações de crédito.
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