BR: Os aplausos que ele esperava colher não vieram no Maracanã lotado, ao contrário, o que se ouviu foram vaias ao presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva de 18 integrantes, de paletó e gravata em pleno domingo. Sergio Moro estava junto e pode ter sentido o baque. Ele foi um dos mais efusivos na hora de comemorar o primeiro gol brasileiro, saltando de punho fechado num gesto explosivo, demonstrando extravasar uma forte tensão. Mas ela continua.
Nesta segunda-feira 8, no que pegou de surpresa o meio político, formalizou-se que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ficará afastado do cargo na próxima semana “para tratar de assuntos particulares”. A licença do ministro será tirada no período e 15 a 19 de julho e foi autorizada por despacho presidencial publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.
Como assim?
As interpretações do afastamento já começaram e incluem uma associação direta com os rumores de que a Polícia Federal se prepara para fazer a prisão de hackers e jornalistas do site The Intercept. Essa possibilidade se fortaleceu, julgando que, afastado, Moro abriria um espaço para não estar associado diretamente à operação.
Ou o afastamento pode ser apenas uma estratégia para segurar a pressão contrária.
Cartas para a redação.