BR: As notas de abertura da coluna Monica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, mostram que os comentários entre políticos de Brasília sobre o presidente Jair Bolsonaro começam a ficar mais ácidos. Há quem já lembre de Fernando Collor, o presidente eleito como um fenômeno de popularidade, mas que durou pouco de mais de dois anos no cargo por não ter articulação política com o Congresso. Esses analistas podem estar errados, mas o simples fato de haver esse tipo de comparação nas tocas das raposas felpudas da política mostra que a gestão não passa confiança ao establishment de Brasília.
Acompanhe as notas da coluna da jornalista Monica Bergamo publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo:
Bebbiano diz que pretende juntar documentos sobre campanha de Bolsonaro
O ex-ministro Gustavo Bebianno disse a interlocutores que apoiaram sua permanência no governo que pretende juntar documentos para embasar eventuais histórias que venha a contar sobre a campanha do presidente Jair Bolsonaro, e também sobre o período em que ficou no governo federal.
NÃO MERECE
Antes da divulgação de áudios de suas conversas com o presidente, Bebianno vinha afirmando que não dispararia contra o presidente. À coluna, disse que o Brasil “não merece isso”.
TAMPA ABERTA
A necessidade do que se chama de “plano B” a Jair Bolsonaro começou a circular sem rodeios entre alguns parlamentares, inclusive do PSL, o partido do presidente.
MONTANHA RUSSA
Nas conversas, discute-se a possibilidade de o presidente não conseguir tocar o governo até o final, dada a instabilidade de sua personalidade, escancarada na crise da demissão de Gustavo Bebianno.
TAL E QUAL
Bolsonaro, nos diálogos de líderes parlamentares, é comparado ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que sofreu impeachment em 1992 depois de uma eleição consagradora.